No inicio da década de 80, a vedete do momento eram os motores turbo, e a Cosworth, não desenvolvera um motor turbo que fizesse frente aos Renault e os Ferrari. Head até chegou a conversar coma Ferrari para usarem o V6 turbo da equipe italiana, mas a Ferrari disse não. restava a Williams se contentar com os Ford V8 e evoluir seus carros na aerodinâmica. Foi ai a grande sacada da Williams.
A Williams, no final de 81, jogou certo quando resolveu fazer um carro de seis rodas baseado no carro da March e não no da Tyrrell, assim, a Williams ganharia em tração nas saídas de curva, pois a área de contato dos pneus com o solo era maior, e velocidade nas retas, pois seu desenho privilegiaria um fluxo de ar com menos obstáculos. O carro contava também com um efeito solo quase perfeito, pois, as saias para canalizar o ar eram restritas ao espaço entre eixos, isso era uma vantagem para a Williams, pois o carro tinha grande entre eixos, e com a ajuda da Hewland, a transmissão foi significativamente melhorada, pois ela trabalhou junto com Roy Lane nas subidas de montanha e evoluiu bem o projeto.
O primeiro a testar o carro foi Alan Jones, o teste foi no final da temporada de 81, logo depois de sua vitória no GP de Las Vegas. Mesmo vendo que o carro era um foguete e que ele não "patinava" nas curvas, Jones não voltou atrás, e anunciou sua primeira aposentadoria para o fim do ano. Este foi o único teste de Jones no FW07E. O projeto só foi bem evoluído depois que Keke Rosberg, oriundo da Fittipaldi, se juntou a equipe no fim do ano. Já no começo dos testes notou-se como era rápido essa Williams, em alguns dias de teste o FW07E já abaixou o recorde da pista que era de Prost com sua Renault Turbo ultra rápida. Jonathan Palmer também testou o carro, primeiro foi em Silverstone com o piso molhado, depois foi para a França testar na pista, curta e estreita, de Croix-en-Ternois.
Mesmo sendo um carro adaptado, a Williams FW07E mostrou muito resultado. Patrick Head e Frank Williams seguiram com o projeto e lançaram um carro especialmente feiro para andar com seis rodas, era o FW08 (posteriormente iria-se introduzir a denominação "D").
Este carro sim, foi um verdadeiro estouro, logo nos primeiros teste, ele aniquilou o recorde da pista de Donnington com Rosberg ao volante. A equipe chegou até a anunciar Jacques Laffite para pilotar o carro, mas a FIA, vendo tamanha superioridade, baniu os carros de 6 rodas a partir de 83. Foi o fim deste super carro na F1.
Mais de 10 anos depois, o FW08D deu de novo suas caras, foi em na edição de 94 do Goodwood Festival of Speed, com Jonathan Palmer ao volante, esse Williams bateu o recorde do circuito e foi direto para o museu do festival, onde se encontra até hoje.
Jones foi o primeiro a andar no carro, ...
Detalhe do duplo eixo trasiro da Williams FW07E
Quem mais andou na FW07E foi Rosberg...
...com sua ajuda ele elevou o carro a um outro patamar
Em 82, já com o novíssimo FW08, Frank Williams chega a conversar com Laffite, mas ...
... com os "temporais" cravados por Rosberg em Silverstone e Donnington, a FIA proíbe as 6 rodas
Jonathan Palmer batendo o recorde do circuito de Goodwood em 94
6 comentários:
interessante essas Williams...
bem mais criativa do q a Ferrari de 6 rodas q tinha rodado duplo na traseira...tipo caminhão
Sensacional... Nunca tinha nem ouvido falar do sixwheller...
e ai rianov td blz belo post.
Eu estou aki mais para divulgar o meu blog e perdir q vc o divulgue para mim
http://damonhill1996.blogspot.com/
vlw
Simplesmente lindo... O pormenor dos eixos traseiros...
bem...
será que o carro que a williams usou em 82, tinha o mesmo conceito dessa willians de 6 rodas, ou algo desse carro foi aproveitado ???...eu já tinha ouvido dizer sobre esse carro...porém nunca de uma forma complexa como agora...
Parabéns pelo post...
Uma sugestão: Pq ñ cria um post tipo " Fatos de Última volta"..deve ter inúmeras histórias como a do James Hunt no gp da frança de 77 (essa ñ necessariamente na última volta), entre outras
Belo carro!
De facto, numa altura como aquela, em que os Turbo eram definitivamente o "alvo a abater", esta foi uma solução engenhosa. Pena a FIA ter abolido o conceito. Dizendo melhor, eles não o proíbiram. Simplesmente disseram que um carro de formula 1 tem que ter dois eixos e quatro rodas...
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