quinta-feira, 22 de março de 2012

O cemitério da curva 3

1977
VI Grande Prêmio do Brasil, Interlagos, São Paulo - Brasil

(Clique para ampliar)














- Será que arranhou?

11 comentários:

Speeder76 disse...

Impressionante!

Carlos Kassulis disse...

Fotos incriveis....lembro bem destes acidentes..rsrs...

obrigado...

Carlos Kassulis

Roberto Taborda disse...

Ver o Tom Pryce tirando o capacete dá arrepios...

Rianov disse...

Roberto, e com aquela balaclava com faixa então... TENSO

ALFA Brazilian Miniatures disse...

Cara, impressionante!...não, o acidente não chega a ser para quem viu o cemiterio de silverstone em 1975. Falo da 'coinscidencia'. Há 2 dias, em um sebo de revistas no centro de sp me deparei com a revista placar que tinha como capa a primeira foto da postagem aqui. Quase comprei. 20 pilas...mas estava lacrada. Por oportunidades anteriores nada fortuitas em que adquiri revistas lacrada, optei por não comprar. Minha motivação estava mais para o 'revival' de minha adolescencia do que por qualquer imagem que a revista poderia oferecer que não fossem as facilmente encontraveis na web (produzo miniaturas e todo material fotografico me é de extremo valor). Para minha surpresa, me deparei com a postagem.
Essa corrida tinha tudo para mais uma vitoria de Pace...uma pena.

Sobre Price... alguns pilotos parecem não 'perceber' os 'avisos'. Impressionante é uma foto na revista autoesporte, em que estãona imagem de uma curva:
Roger Willianson (rodando)
Emerson por fora.
David Purley por dentro.
A foto é de F2 em 1972. No ano seguinte os tres seriam protagonistas da terrivel imagem do acidente que levou a morte de Roger. Passados quase 40 anos, ainda lembro nitidamente da imagem pela tv de Roger...vivo...dentro do carro em chamas e o desespero de Purley.
Outro com acidente premonitor:
Stommelen.
abç

walter disse...

Eu estava lá. Não foi um dia feliz, pois Pace bateu sua linda Brabham Alfa e Emerson foi quarto lugar, sem chance de mais coisa.
Assisti do Setor A, de onde não se tinha grande visão da Curva 3.
Mas posso garantir a vocês: ver uma corrida naquele Interlagos era uma experiência de vida. O 'grid' terminava no fim do setor A, de modo que podíamos ver os carros que não apareciam na tv, nem nas páginas das revistas (BRM, Hill etc.)
Dada a largada, não se via a Curva Um, mas a descida do retão era alucinante: duas dúzias de motores variados, descendo o Retão, alguns lado a lado, muito muito rápido. A Curva 3 rendia algumas ultrapassagens.
Descida da Ferradura, ainda em bloco, outra chance de ultrapassagem.
Subida do Lago, Reta Oposta, outro ponto de ultrapassagem, mas era um 'ponto cego' para o público, pois não se via a Curva do Sol.
Silêncio, até aparecerem no Sargento, onde algumas posições podiam ter mudado de novo.
Laranja, Esse, Pinheirinho, Bico de Pato, Mergulho e 'ponto cego' de novo, mas vinha o pelotão subindo depois da Junção e passava alucinado, balançando loucamente (pois é, o asfalto não era bom).
Aí sim já se podia ver um pouco da aproximação para a Curva Um.
Em Interlagos, vi Stewart, Cevert, Lauda, Icks, Regazzoni, Prost, Mansell, Rosberg, Andretti, Peterson, Villeneuve, Lafitte, Jones, além de Emerson, Pace, Piquet, Senna e outros brasileiros. Nada menos que todos os campeões do mundo entre 1971 e 1994.
Grande 'post', Rianov.

Ron Groo disse...

PQP!

Juanh disse...

La última carrera de Tom Pryce, al que se lo ve bajando del Shadow DN8 negro con la publicidad de Ambrosio. En el siguiente GP cambian al color blanco, y allí Tom encuentra la absurda muerte.
Abrazos!

Humberto Corradi disse...

A última foto é espetacular. Parece um ferro-velho de beira de estrada ao lado de um posto da polícia rodoviária federal!

Valeu.

Anônimo disse...

Revistas Placar, Quatro-Rodas e.... Everson Abreu.

Jorge Mach disse...

Puxa Rianov lá se vão 35 anos !!!
Eu estava lá, bem em cima da McLaren acidentada. Foi quando eu conseguí o bico da McLaren do Jochen Mass.
Naquela época uma das tecnologias para dar um pouco mais de resistência aos carros, em caso de colisão, era o tal "Honeycomb" ou Colmeia de abelha, afinal ainda não existia fibras de carbono, claro. Partes dos carros eram
construídas numa espécie de sanduiche onde o recheio, entre duas camadas finas de fibras de vidro, era uma estrutura
que imitava muito a colmeia de abelha.
Que loucura foi sair daquele local com o bico "inteiro". Naquela época não manjava inglês. Quase no finalzinho da corrida, os mecânicos da McLaren começaram colher as partes do carro que estavam esparramadas na "área de escape" da pista. Quando foram colocar o bico da McLaren dentro do cockpit eu gesticulei ansiosamente para o mecânico, ele
compreendeu, e gentilmente ergueu o bico do carro e eu e meu irmão pegamos. Só que as pessoas que estavam do lado avançaram em cima de nós, assim que descemos do muro. Foi como urubús em carniça. Um arrancou o spoiler direito, o
outro por trás, arrancou o esquerdo, um amigo meu que estava junto, dava mochilada tentando espantar a horda. Teve alguns que foram boa praça, e ajudaram a nos defender,gritando: Deixa os meninos!, Deixa os meninos!... Que sufoco !
Mas deu pra salvar 90%.
Agora, um detalhe: da sequência de fotos do GP do Brasil de 77 publicadas no blog, contando de cima para baixo, creio que a Foto 9(não consegui identificar o piloto, parece o Depailler, só que naquele GPdoBR-77 o Tyrrel era o
de seis rodas, inclusive me lembro que o Depailler ao sair do carro desmaiou devido o forte calor que fazia) e com certeza a foto 10, Tom Pryce e seu Shadow, não se acidentaram entre a curva 3 e 4, que diga-se de passagem este trecho da pista estava um verdadeiro piso de azulejo ensaboado, haviam colocado um asfalto novo, o pessoal vinha do
retão com asfalto velho, um tipo de aderência e temperatura para os pneus, e pegava o asfalto novo, a diferença de textura do asfalto fazia os pneus perderem aderência, ví o esforço que os pilotos tinham que fazer pra manter o carro na trajetória, muito braço mesmo.

Eh...Que saudades da VERDADEIRA FORMULA 1 !
Obrigado pelo post Rianov, ele me fez dar uma viajada no tempo. Por instantes ví imagens em 3D na minha mente.
Forte abraço,
Jorge.