terça-feira, 30 de novembro de 2010

Overdose de Simtek: bem-vindo, Roland Ratzenberger

1994
David Brabham (Roland Ratzenberger), Simtek Grand Prix
Simtek S941, Ford HB 3.5 V8, Goodyear
Teste*, Autódromo Enzo e Dino Ferrari, Ímola - Itália

(Clique para ampliar)




- O carro ainda não tinha patrocinadores expressivos, mas no início de março anunciava seu 2º piloto: Roland Ratzenberger.

Andrea de Cesaris chegou a namorar este assento para 94, o que seria de grande valia para o time, pois o italiano traria alguns ‘trocados’ da Marlboro. Jean-Marc Gounon foi outro mencionado, mas o piloto que havia feito as duas últimas corridas de 93 pela Minardi não pôde aceitar a oferta logo de início. De Ferran também foi cogitado, mas o escolhido veio do Japão. Ratzenberger assinara um contrato de 5 corridas com a ainda dúbia equipe. Era um começo...

“Não posso permitir nenhum acidente. Nosso orçamento anual é igual ao salário de Gerhard Berger. Não temos dinheiro para consertar carros.”
Roland Ratzenberger

*Testes aconteceram entre 7-11 de março de 1994

9 comentários:

Daniel Machado disse...

Lendo o titulo dessa postagem, me deu um aperto imenso no coração rsrs. Nem sabia que o de Cesaris negociava com a Simtek, nunca soube disso, so agora. Mais uma vez parabéns mano.

Roberto Taborda disse...

E logo aonde o Roland foi estrear...
To doido para ver quando o chassis foi abençoado em Interlagos...

Speeder76 disse...

Acho que os mais novos deveriam saber disto, de como eram esses tempos, em que alguém, com um milhão ou dois milhões de dólares no bolso, tentava a sua sorte numa equipa nanica e "comprava" o lugar por meia dúzia de corridas, como fez o Ratzenberger. E pelo que se sabe, ele vendeu a sua casa e o seu carro para conseguir o lugar!

Ney Faustini disse...

Fora o curioso fato de que foi descoberto depois (de sua morte) que Ratzenberger era "gato", ou seja, era 3 ou 4 anos mais velho do que apresentava em seus documentos.

Anônimo disse...

Não sei calcular isso, mas o que a Simtek ganhou em exposição, nas várias mídias, após a desgraça de Imola, daria para ajeitar o orçamento daquele ano... trágica ironia!


um abraço
Renato Breder

Anônimo disse...

Olá
A família Brabham tinha alguma participação na equipe além da pilotagem?
Abç
Júlio

Verde disse...

"A família Brabham tinha alguma participação na equipe além da pilotagem?"

15% do controle da equipe por meio da SMS, que estampa a lateral do carro, diga-se.

Ouvi falar que até, acredite, até mesmo o magnata Constantino Junior foi cogitado para a vaga. No fim, sobrou pra Ratzenberger. Ao menos, morreu feliz, realizando o sonho de infância.

E ao contrário do que muitos pensariam, Roland era pobre de marré. A grana só dava para as tais cinco corridas e nada mais. Depois, ele voltaria para o Japão para continuar competindo nos GTs e na Fórmula 3000 local.

Eduardo Casola Filho disse...

E imaginar que a pista onde estreou foi onde o Ratzenberger encontraria o seu fim...

Nikolas Spagnol disse...

Pobre Roland, logo ele falando que não poderiam haver acidentes...

Já vi uma foto na revista Grid deste teste em Ímola, estavam lado a lado os 3 pilotos austríacos da temporada: Berger, Wendlinger e Ratzenberger. De bom para os 3 naquele ano, só mesmo a vitória de Berger em Hockenheim.