Este carro começou a ser desenvolvido em 76 pelo projetista Robin Herd e foi apoiado por Max Mosley, parceiro de Herd no projeto, que notava como a Tyrrell tinha ganhado em publicidade desde a criação do P34, e esperava-se o mesmo para a March.
Inicialmente, o carro era para ter as quatro rodas traseiras motrizes, mas um grande problema surgiu: era a concepção do cambio, algo extremamente complicado e que demandaria altos custos, coisa que a March não esbanjava muito.
No final de 76, a March apresenta o 2-4-0 à imprensa, trata-se do chassi 761 com profundas alterações. Ainda no final do ano, faz seu primeiro teste, o carro seria pilotado por Howden Ganley que foi ao circuito de Silverstone repleto de jornalistas que queriam ver a vedete do momento. O 2-4-0 começa mal, anda meia volta antes que o cambio quebre. Para não perder o teste e fazer feio diante da imprensa, os mecânicos prontamente fizeram uma adaptação e o March voltou a pista somente com um eixo motriz. Os jornalistas presentes nem perceberam a mudança, já que o dia era de chuva e o carro sequer tinha dado uma volta com tração nas quatro rodas traseiras.
Ganley voltou a fazer mais alguns testes enquanto uma nova caixa de cambio era feita pela March, mas sem expressivas melhoras. O carro chegou a ir a Interlagos no final de Janeiro, mas sequer entrou na pista. Nas duas primeiras provas do ano, a March usou os chassis de 76 evoluídos.
Em Fevereiro, o carro voltou a Silverstone com tração nas quatro rodas traseiras, desta vez a equipe também contava com Ian Scheckter. Scheckter e Ganley elogiaram muito o carro e disseram que ele tinha muita aderência e parecia andar sobre trilhos tamanha a tração.
Sem dinheiro e sem tempo o projeto 2-4-0 foi sumariamente cancelado, pois a March já havia gastado uma fortuna em um carro sem nenhuma confiabilidade, apesar de ser muito rápido. Depois do fato, a March voltou a ter seu carro normal com quatro rodas.
Engana-se quem pensa que o carro parou nestes testes, em 79, o piloto inglês Roy Lane, exímio "montanhista", pegou a transmissão do 2-4-0 e a adaptou num March 771 e o usou em provas de subida de montanhas na Inglaterra. O carro pilotodo por Lane tinha tração nas seis rodas e levava incrível vantagem sobre seus concorrentes, mas sucessivas quebras de cambio, fizeram Lane abandonar o projeto depois de muitas vitórias.
Este March foi a inspiração para a Williams fazer um super carro de seis rodas, que simplesmente aniquilou os recordes de Paul Ricard, mas isso fica para semana que vem.
... tentando chamar a atencão da imprensa e de patrocinadores
O carro não era ruim, mas demandava muito dinheiro, ...
... e tinha uma problemática caixa de cambio que ninguem conseguia ajeitar
O Neo-Zelandês foi um dos testeiros do March, junto com ...
... o Sulafricano Ian Scheckter. O carro era ótimo, mas não durava 10 voltas
Em 79, o mecânico-piloto Roy Lane, reavivou o 2-4-0
Lane Comprou um chassi da March, comprou um cambio do 2-4-0, e foi correr nas montanhas
Se deu muito bem, mas o calcanhar de Aquiles era o problemático cambio
6 comentários:
O carro de seis roda da Williams foi proibido porque, dizem, era muito superior a qualquer outro F1.
um carro clássico
Uma das principais vantagens do march em relação ao projeto do Tyrrel, era aerodinâmica, além da tração é claro, pois a área total do carro era menor devido ao uso de pneus traseiros menores, quando que no tyrrel eram os pneus dianteiros é que tinham menor diametro e os de trás continuavam os mesmos, ou seja a área total continuava a mesma.
Os Willians de seis rodas tb partiram do mesmo princípio e como o carro teve um ótimo desempenho nos testes mostra que a receita estava certa.
abs
Filipe W
Este carro era estrondoso! Bela história, Rianov.
A Ferrari também não chegou a fazer uns projetos loucos desses?????Com 6 rodas????
Arthur,
mais ou menos, ela chegou a andar, uma única vez, com uma Ferrari com duas rodas montadas num mesmo lado do eixo traseiro. A serventia disto era somente aumentar a área de contato do carro com a pista.
Abraços
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